sábado, 31 de dezembro de 2011

o amor pede liberdade de escolha.



O amor precisa sentir-se livre para escolher.  Realmente o amor tem que ser vivido com liberdade.  O amor para ser chamado de amor de fato, não pode ser imposto. Quem nos ama deve sentir esse sentimento espontaneamente em seu coração.  Não podemos exigir que alguém nos ame.
É assim que eu entendo o amor real, autêntico, vibrante, o amor que une dois corações de uma maneira indissolúvel, e que tem que ser vivido a dois, e os dois tem que sentir a mesma força, a mesma vibração, pois se não houver essa química mágica, essa reciprocidade total e completa, alguém fatalmente sairá frustrado, pois será um amor incompleto.
Não podemos sequer tentar segurar alguém a nosso lado contra sua vontade.  O amor tem que ser doado, tem ser sentido. Deve ficar a nosso lado, por vontade e desejo mútuo.
Principalmente, deixando de lado aquele ciúme que tolhe a liberdade de nossa parceria.
Assim como os pássaros tem liberdade para voar, as pessoas devem ter liberdade para amar.
As gaivotas seguem sempre o itinerário que lhes é indicado pelo próprio instinto, seja buscando sua alimentação no mar, seja em seus ninhais. Ninguém determina onde elas deverão ficar, nem onde e quando irão “à pescaria”, é sempre seu instinto, sua vontade que prevalece.
Assim deveriam ser os relacionamentos entre pessoas. Sempre com liberdade para escolher seus caminhos, suas parcerias. Sem imposições, sem ninguém para determinar o caminho a ser seguido. Principalmente nas questões de amor.
Havendo o amor, devem ficar juntos, enquanto se sentirem juntos. Ninguém deve ser obrigado a viver ao lado de outro alguém, apenas para satisfazer sua vontade. O amor é vivido a dois, assim, não se deve amar por obrigação, apenas para não magoar, apenas para que um dos lados não fique sofrendo, pois o outro ficará infeliz.
Enquanto houver o amor unindo dois corações, de maneira a que pareça um só, devem ficar juntos. Amor significa união, coesão, é importante deixarmos nosso amor livre para nos amar, enquanto ele nos amar...
Quando um dos dois sentir que não ama mais, deve se sentir livre para recusar o amor que o outro lhe tem.
Nunca devemos queremos impor o amor, pois ou ele existe, espontâneo, natural, forte, apaixonado, ou não existe, e, se não existir em uma das partes,  insistir para que? Para que tentar forçar uma situação? Para que se humilhar, mendigando um amor que não existe? Penso, portanto, que, como as gaivotas,  devemos ter liberdade para amar, e para sermos amados enquanto formos queridos.
E não apenas para amar, mas para tudo o mais na vida. E  da mesma maneira que desejamos nossa liberdade, devemos respeitar o espaço alheio, respeitando seus desejos de liberdade também. 
Basta observar as aves, para ver como o princípio do direito ao espaço é observado à risca. Por exemplo, as gaivotas quando voam em bando, praticamente obedecem a uma fila, mergulhando uma por uma em busca de seu alimento.  E se alguma tenta “furar a fila”, é chamada à ordem pelas demais...
Liberdade para o amor, liberdade para a vida. E que tal com UM LINDO DIA...



Primeiro texto que posto aqui não sendo meu e sim da autora 
Marcial Salaverry ... realmente adorei esse texto dela.